Quer realizar cirurgia bariátrica, mas não sabe por onde começar? Aqui, reunimos informações cruciais que você precisa saber antes de entrar na sala de cirurgia.
É essencial compreender que a bariátrica não é uma solução isolada – demanda determinação e disciplina do paciente para alcançar e manter os resultados desejados.
Essa cirurgia é um procedimento que geralmente gera muitas dúvidas.
É reconhecida como um tratamento muito eficaz para o emagrecimento, no entanto não é uma cura para a obesidade, uma doença crônica. Por isso, o comprometimento do paciente é crucial para resultados bem-sucedidos, especialmente a longo prazo. Compreender todo o processo e a importância da mudança de hábitos é fundamental para manter o peso ao longo dos anos.
Com vasta experiência, o Médico Cirurgião Dr. Michel Fernandes, destaca que o sucesso do procedimento está na dedicação do paciente e no acompanhamento de uma equipe multidisciplinar. Ele ressalta a importância do paciente estar ciente das mudanças que ocorrerão e como a cirurgia afetará sua vida. Quanto mais consciente estiver das mudanças, melhor será sua adaptação.
Se você está considerando a cirurgia bariátrica, confira essas informações:
Indicação para a cirurgia bariátrica:
É necessário ter um IMC acima de 40 kg/m2 ou acima de 35 kg/m2, com doenças causadas pela obesidade. Também é crucial demonstrar que tentou tratamento clínico especializado por pelo menos dois anos, sem sucesso na perda de peso.
Acompanhamento multidisciplinar:
É essencial ter acompanhamento e avaliação de profissionais como nutricionista, endocrinologista, cardiologista, pneumologista, psicólogo/psiquiatra, entre outros, antes e depois da cirurgia.
Tipos de cirurgia bariátrica:
No Brasil, as principais técnicas são o Bypass (ou Gastroplastia em Y de Roux) e a Gastrectomia Vertical (ou Sleeve), cada uma com suas particularidades e benefícios.
Escolha do método da cirurgia:
A escolha entre Bypass ou Sleeve é decidida pelo paciente e médico, considerando as necessidades e características individuais. Geralmente, o Bypass é indicado para diabetes tipo 2, enquanto o Sleeve é considerado para pacientes sem diabetes ou com diabetes leve.
Riscos do procedimento:
Apesar dos riscos inerentes a qualquer procedimento médico, a cirurgia bariátrica avançou, tornando-se tão segura quanto uma cesárea ou retirada de vesícula. O procedimento por videolaparoscopia é minimamente invasivo.
A cirurgia pode ser feita por meio da CMI, que possibilita recuperação mais rápida, menos dor pós-operatória, menor risco de infecção e favorece a resposta imunológica. A bariátrica por CMI tem uma taxa de insucesso de apenas 0,23%.
Alimentação após a cirurgia:
Após as fases da dieta pós-operatória, o paciente pode ingerir diferentes alimentos, mas em quantidades bem menores. É crucial entender que a cirurgia é uma oportunidade para mudar os hábitos alimentares e evitar reganho de peso.
A dieta passa por fases delicadas. Inicialmente, apenas líquidos por até 15 dias. Depois, líquidos pastosos, com alimentos liquidificados e coados, por mais 15 dias. A última fase, após 30 dias, permite o retorno à alimentação normal, em menor quantidade, mastigando bem e comendo devagar.
Cirurgia como cura para obesidade:
Não é uma cura, é um tratamento. O paciente precisará adaptar seus hábitos após o procedimento.
Possibilidade de reganho de peso:
Com o tempo, alguns pacientes podem recuperar parte do peso perdido, destacando a importância da manutenção de uma alimentação saudável e exercícios regulares.
Transferência de “vícios”:
Alguns pacientes podem desenvolver outros comportamentos compulsivos, como consumo excessivo de álcool ou compras. O acompanhamento psicológico é relevante.
Suplementação de vitaminas:
Devido às alterações na absorção de nutrientes, é necessário tomar suplementos vitamínicos por toda a vida, conforme orientação da equipe médica.
Pré-Operatório
A cirurgia bariátrica não garante magreza. Ela auxilia na perda de peso, mas manter-se magro requer mudança de hábitos. É uma transformação de dentro para fora. Exercício físico e reeducação alimentar devem ser focos principais durante a preparação e após a cirurgia.
Pós-Operatório
O paciente deve estar atento a sinais como vômitos, dor abdominal, aumento dos batimentos cardíacos, febre e inchaços nos membros inferiores. Qualquer sintoma deve ser comunicado imediatamente ao cirurgião. Logo após a cirurgia, caminhadas são iniciadas, com duração mínima de 10 minutos a cada hora, enquanto atividade física é liberada após 30 dias.